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Mudanças reais acontecem de dentro para fora

Alimentação e autocontrole: renúncias e mudanças


Na vida, estamos constantemente fazendo escolhas. Mas, em cada escolha, existe uma exigência de mudanças e renúncias. Quando se trata de alimentação, não é diferente.

Muitas pessoas desejam melhorar a dieta ou emagrecer, mas logo percebem que essas metas exigem transformações pessoais e sacrifícios — e é aí que muitos desistem.

Mas, afinal, por que desistimos? Não é o ato de escolher em si, nem a mudança ou a renúncia, mas sim os sentimentos que essas decisões despertam. É o desconforto emocional, a falta do que deixamos para trás, a dor da privação.

Para avançar, é fundamental confrontar esses sentimentos, reconhecer o impacto emocional que nos leva a desistir e entender o que nos prende às velhas escolhas.

Quando decidimos mudar nossos hábitos alimentares, é comum enfrentar esses mesmos desafios. Exige troca e exclusão de alimentos, mas, sem um equilíbrio emocional, nos pegamos desejando exatamente aquilo que evitamos.

Muitas vezes, o retorno a esses alimentos é uma busca por conforto diante de sentimentos como insegurança, ansiedade e até rejeição.

Assim como o povo de Israel, que, mesmo livre da escravidão no Egito, desejava voltar para lá por causa dos alimentos, nós também nos apegamos ao que nos traz conforto, mesmo quando não nos faz bem.

Números 11:4-9 nos relata que o povo, cansado do maná, ansiava pelos pratos simples do Egito, demonstrando que a jornada de transformação envolve um desejo profundo de retorno ao familiar, mesmo que prejudicial.

Hoje, vemos essa dinâmica na resistência a cozinhar uma refeição saudável em vez de optar pela comida pronta e fácil, que exige menos de nós.

No entanto, quando nosso emocional está curado e equilibrado, as escolhas saudáveis se tornam naturais. Aceitamos as mudanças e renunciamos ao que não nos faz bem.

Exemplos bíblicos como o de João Batista, que escolheu viver no deserto comendo gafanhotos e mel enquanto pregava a palavra de Deus (Mateus 3:1-4).

E o de Daniel, que rejeitou os banquetes do rei e se alimentou de legumes e sementes (Daniel 1:1-16), ilustram que é possível viver por escolhas alinhadas com nossos valores e propósitos.

Ambos demonstraram um domínio emocional e espiritual que os sustentava, permitindo que renunciassem ao que não contribuía para seu crescimento.

E temos, ainda, o exemplo maior de Jesus, que após 40 dias e 40 noites de jejum no deserto foi tentado pelo Diabo para transformar pedras em pão.

Sua resposta foi clara: “Nem só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que procede da boca de Deus” (Mateus 4:1-4). Quantas vezes, entretanto, fraquejamos por um simples doce?

Esses exemplos mostram que tomar decisões significativas exige mudança, e que essa mudança precisa começar dentro de nós, como um processo de dentro para fora.

Para mudar nosso relacionamento com a comida e com nossas escolhas, precisamos primeiro nutrir o espírito, o emocional e a mente. A alimentação saudável, a disciplina e as renúncias virão como consequência natural.

Em Mateus 6:25, Jesus nos lembra de não preocuparmos excessivamente com o que vamos comer ou vestir, pois a vida é mais do que a comida, e o corpo mais do que a roupa.

Ao cuidar do nosso interior, os desafios das escolhas externas — inclusive da alimentação — tornam-se mais leves e cheios de propósito.

Liliana Sofia

Massoterapeuta Especialista em Emagrecimento

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